Do país mais fechado do mundo não se poderia esperar outro time: fechado, claro. Para a Coréia do Norte, jogar futebol é um detalhe casual. O importante é não deixar o Brasil jogar. A estreia na Copa emociona o atacante asiático, mas as lágrimas de emoção verde-amarelas estão guardadas para mais tarde.
O primeiro tempo do primeiro jogo indica o que jamais admitimos: quando tem seleção brasileira em campo, é difícil que a expectativa não supere a realidade. Cadê o futebol que esperávamos ou desejávamos? Os quarenta e cinco minutos iniciais superam também o brilho do time mais famoso do mundo. Os melhores jogadores do planeta, veja só, até eles se assemelham aos seres humanos de vez em quando: ficam nervosos, ansiosos, impacientes, imperfeitos. Quase anônimos. Cadê o espetáculo da partida mais esperada até aqui?
Metade do jogo já foi. E em time que está... empatando não se mexe. Vamos lá, Brasil, vamos lá que o mundo quase inteiro quer te ver golear. Não adianta. Os norte-coreanos desafiam as regras do esporte bretão e colocam vinte, trinta, quarenta jogadores na linha. Precisamos ser mais rápidos. Ronaldinho Gaúcho ainda é lembrado... Ah, se ele estivesse ali. Mas agora só vale falar de jogador da Copa. Então tá: Felipe Mello inverte o jogo em busca de Elano. Precisamos ser mais rápidos? Em cinco exatos segundos, nosso camisa sete domina o lançamento e passa rasteiro para a linha de fundo, Maicon dispara lá de trás, abre a boca pra ganhar mais fôlego, faz cara feia, alcança a bola, ergue a cabeça, olha pra área e cruza com perfeição para o único ponto do campo onde há menos de cinco coreanos ao mesmo tempo: o fundo do gol.
Eis a hora das lágrimas brasileiras. Sem mais forças para correr, Maicon puxa o freio de mão, beija a aliança, cai de joelhos. Chora. Recebe o abraço de braços recém-libertos do peso pelo gol que não vinha.
O Brasil se solta, mas ainda não brilha. E se faltou Kaká, Luis Fabiano, sobrou Robinho. Ele pedalou, avançou, recuou, buscou, rolou e encontrou; numa fresta diagonal entre quatro muros vermelhos, nem mesmo a Jabulani de trajetória imprevisível ousou desobedecer seus pés. E lá estava de novo Elano para chutar rasteiro, só que dessa vez direto pra rede. Quem foi que disse que os Meninos da Vila não estavam na Copa?
Antes do apito final, os coreanos despistam a fama de retranqueiros e fazem de seu gol contra o Brasil uma derrota a ser comemorada. Do outro lado, a sensação de primeiro dever cumprido, de alívio, mas também de que é preciso melhorar bastante.
Pode não ter havido um jogo bonito, mas não faltou a emoção necessária nos dois instantes capitais que selaram nossa primeira vitória. A expressão chorosa no semblante de Maicon e a alegria no sorriso e nos olhos de Elano, sublimes e genuínas, diziam, afinal, a mesma coisa: o Brasil estreou na Copa do Mundo.
O primeiro tempo do primeiro jogo indica o que jamais admitimos: quando tem seleção brasileira em campo, é difícil que a expectativa não supere a realidade. Cadê o futebol que esperávamos ou desejávamos? Os quarenta e cinco minutos iniciais superam também o brilho do time mais famoso do mundo. Os melhores jogadores do planeta, veja só, até eles se assemelham aos seres humanos de vez em quando: ficam nervosos, ansiosos, impacientes, imperfeitos. Quase anônimos. Cadê o espetáculo da partida mais esperada até aqui?
Metade do jogo já foi. E em time que está... empatando não se mexe. Vamos lá, Brasil, vamos lá que o mundo quase inteiro quer te ver golear. Não adianta. Os norte-coreanos desafiam as regras do esporte bretão e colocam vinte, trinta, quarenta jogadores na linha. Precisamos ser mais rápidos. Ronaldinho Gaúcho ainda é lembrado... Ah, se ele estivesse ali. Mas agora só vale falar de jogador da Copa. Então tá: Felipe Mello inverte o jogo em busca de Elano. Precisamos ser mais rápidos? Em cinco exatos segundos, nosso camisa sete domina o lançamento e passa rasteiro para a linha de fundo, Maicon dispara lá de trás, abre a boca pra ganhar mais fôlego, faz cara feia, alcança a bola, ergue a cabeça, olha pra área e cruza com perfeição para o único ponto do campo onde há menos de cinco coreanos ao mesmo tempo: o fundo do gol.
Eis a hora das lágrimas brasileiras. Sem mais forças para correr, Maicon puxa o freio de mão, beija a aliança, cai de joelhos. Chora. Recebe o abraço de braços recém-libertos do peso pelo gol que não vinha.
O Brasil se solta, mas ainda não brilha. E se faltou Kaká, Luis Fabiano, sobrou Robinho. Ele pedalou, avançou, recuou, buscou, rolou e encontrou; numa fresta diagonal entre quatro muros vermelhos, nem mesmo a Jabulani de trajetória imprevisível ousou desobedecer seus pés. E lá estava de novo Elano para chutar rasteiro, só que dessa vez direto pra rede. Quem foi que disse que os Meninos da Vila não estavam na Copa?
Antes do apito final, os coreanos despistam a fama de retranqueiros e fazem de seu gol contra o Brasil uma derrota a ser comemorada. Do outro lado, a sensação de primeiro dever cumprido, de alívio, mas também de que é preciso melhorar bastante.
Pode não ter havido um jogo bonito, mas não faltou a emoção necessária nos dois instantes capitais que selaram nossa primeira vitória. A expressão chorosa no semblante de Maicon e a alegria no sorriso e nos olhos de Elano, sublimes e genuínas, diziam, afinal, a mesma coisa: o Brasil estreou na Copa do Mundo.
E que estreia, amigo. O futebol da selecao nunca batera nossas expectativas. Mas a cerveja e o abraco nos amigos durante o jogo, sempre superam. Nos vemos domingo. Birmingham eh o caralh..... hehehehe
ResponderExcluirEu que nem gosto tanto de futebol, amei seu texto. Achei que foi uma descrição perfeita do jogo de ontem!!!
ResponderExcluirE como disse o hubby: nos vemos domingo...
Depois deste texto, vou demorar um pouco mais para postar o meu... rs para não ser linchada! hehehe
ResponderExcluirVery nice article Thiago!!! I didn't realise that u wrote this, till i saw at the botom! good to "see you" again ! tchau!!
ResponderExcluirGreg